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sexta-feira, 22 de abril de 2022

DUFF FILMES: The Batman

Sabe aqueles filmes que só de olhar o trailer, você já sabe se o filme vai ser bom ou ruim? Bem, eu tive essa experiência várias vezes, principalmente com os filmes da DC, como Batman Vs Superman, que foi ruim, e Shazam, que foi bom.

Neste ano, a mesma coisa aconteceu com The Batman, o mais novo e aguardado filme solo do Homem Morcego, desta vez interpretado por Robert Pattinson, ator da infame Saga Crepúsculo, e todas as dúvidas e esperanças que tive sobre seu desempenho chegaram a sua conclusão, que serão ditas agora.


O filme começa com o assassinato do prefeito de Gotham nas mãos do Charada (Paul Dano), e Batman (Pattinson) que está em atividade a dois anos, se junta ao Comissário Gordon (Jeffrey Wright) na investigação, mesmo com a desaprovação da polícia. Durante a investigação, o vigilante conhece a Mulher-Gato (Zoe Kravitz) que o ajuda na investigação, com suas próprias motivações,  levando-o a uma trama complexa que envolve o Pinguim (Collin Farrel) e o mafioso Carmine Falcone (John Turturro), além de segredos que envolvem a Família Wayne.


Tendo suas inspirações em O Longo Dia das Bruxas e Ano Um, O filme é tudo o que uma história do Batman deve ser: uma trama de mistério e investigação. Batman é conhecido como o maior detetive do mundo, lado esse que foi ignorado nos filmes anteriores, mesmo na tão aclamada trilogia Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan, tornando o protagonista não mais que um herói de ação em cenas espetaculares para divertir o público. Aqui temos uma história simples, mas que vai se tornando maior com o tempo, com um envolvimento maior com seus personagens, que vão se tornando uma coisa só. Claro que tem cenas de ação e luta, como a perseguição do Batman ao Pinguim no Batmóvel (uma das melhores de todos os filmes), mas desta vez, elas ficaram em segundo plano, dando foco maior na história. 



A duração do longa é maior que as anteriores, com 2h56min, o que dá o tempo perfeito para o desenvolvimento dos personagens. Batman tem muito mais tempo na tela, quase que aparecendo o tempo todo, coisa que só teríamos visto em uma sequência; por outro lado, temos um Bruce Wayne mais fechado que suas encarnações anteriores, mal aparecendo em público, como se fosse consumido pelas trevas. A Mulher-Gato é uma recriação perfeita da sua versão em Ano Um, com uma Selina Kyle formada nas ruas e com um visual mais sútil e realista, além de possuir muito mais charme e carisma do que a sensualidade exagerada da versão icônica de Michelle Pffeifer em Batman- o Retorno, que completará 30 anos de seu lançamento, o que marca também o retorno do Pinguim as telas e em sua melhor versão. O James Gordon de Jeffrey Wright (que dublou O Vigia em Marvel What If...?) é bem mais sisudo e tem bastante presença, o que infelizmente não pode ser dito pelo indispensável mordomo Alfred (Andy Serkis), embora ele tenha um papel vital na parte final da trama. Por fim, o Charada de Paul Dano é o maior problema do filme, que virou outro personagem, se parecendo mais como um psicopata genérico de filmes de suspense do que um terrorista excêntrico como nos quadrinhos e animações, além de seus enigmas não acrescentarem muito para os mistérios. Se usassem outro vilão da galeria, como Zzazz, Exterminador, ou mesmo alguém menor como o Vagalume, faria muito mais sentido, principalmente porque os fãs conhecem sua identidade secreta (Edward Nigma, embora ele use outro sobrenome no filme), o que estraga a resposta.



No entanto, o maior acerto do filme é a própria Gotham City, apresentada como uma cidade ainda mais suja e sem esperança do que na trilogia de Christopher Nolan, com gangues e mafiosos espalhados em cada esquina, como se as pessoas tivessem perdido de vez a esperança, que se tornou nada mais que uma propaganda eleitoral. As pessoas estão quebradas, e o Batman também, e isso reflete muito bem na atuação de Robert Pattinson, que transmite um vigilante que cada vez mais sente que não está fazendo diferença, e se afunda ainda mais na sua persona sombria, mas que ainda tem uma fagulha do playboy milionário e galã que espero que se acenda nos próximos filmes, e encerro este parágrafo dizendo que está é a melhor versão do Batman nos cinemas até o momento.

Além disso, o clima daria muito certo em um novo game do Batman.


The Batman é o filme mais completo do personagem, finalmente retratado como um verdadeiro detetive, com uma trama que prende o público graças a seu elenco forte, trazendo um ótimo recomeço para o Cavaleiro das Trevas. 









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