GAROU : MARK OF THE WOLVES

 


Neste mês, foi lançada a tão esperada continuação da saga Fatal Fury (ou Garou Densetsu no Japão) como game Fatal Fury: City of the Wolves, descontinuada desde que a empresa SNK foi a falência em 2001 até seu retorno em 2023, quando teve suas ações compradas pelo principe árabe Mohammed bin Salman, com o lançamentos de novos games de Samurai Showdown e The King of Fighters XV, ambos bastante elogiados pela comunidade gamer.

Garou: Mark of the Wolves foi o último game da série lançado em 1999, o que de certa forma, junto com Street Fighter III: Third Strike, decretou o fim da era dos fliperamas e dos jogos de luta. 

O game foi o último que joguei nos fliperamas, quando o descobri em um shopping em 2002, e na partida, escolhi o eterno herói da franquia: Terry Bogard, que o conheci com seu icônico colete e boné vermelho nas versões de seus primeiros jogos do Mega Drive e nos OVA exibidos na Rede Manchete dentro do U.S Manga, e que agora, estava com uma estilosa jaqueta marrom e com os cabelos cortados, denunciando a passagem do tempo, porém mais forte do que nunca, com seu clássico acervo de golpes e especiais. Foi como ter encontrado um velho amigo de infância ou mesmo um parente que se afastou.


O game se passa dez anos depois da morte de Geese Howard, grande vilão da franquia e assassino do pai de Terry e Andy Bogard, encontrando seu fim em Real Bout Fatal Fury. Para encerrar o ciclo de ódio, Terry acolhe e treina seu renegado filho, Rock. Então, é anunciado o torneio "King of Fighters: Maximum Mayhem" na cidade de Second South Town, organizado pelo magnata Kain R. Heinlein, possui um interesse especial em Rock, que decide participar ao lado de seu tutor e dos novos lutadores, para conseguir dele informações sobre o paradeiro de sua mãe, que acreditava estar morta.

O game possui 12 personagens (um número escasso comparado ao resto da série) totalmente novos, com alguns possuindo ligações com os personagens clássicos da franquia, como os irmãos Kim Dong Hwan e Kim Jae Hoon, filhos de Kim Kap Kwan, o famoso mestre do Taekwondo; Hokutomaru, garoto ninja do clã Shiranui e discipulo de Andy Bogard; e Marco Rodriguez, karateca brasileiro do estilo Kyokugenryu e dicipulo de Ryo Sakazaki, herói da série Art of Fighting, cujos eventos se passam antes de Fatal Fury. Os outros são Gato Futaba, lutador de kung fu que busca vingar a morte de sua mãe; Hotaru Futaba, sua irmã que deseja reencontra-lo; Kevin Ryan, agente da SWAT que busca o assassino de seu parceiro; B. Jenet, uma milionária que decidiu ser uma pirata moderna e entrou no torneio pelo dinheiro; Tizoc (ou The Griffon no Japão), um lutador profissional que deseja encontrar o homem que o derrotou; e Freeman, assassino em série que matou o parceiro de Ryan; e claro, o próprio Rock Howard, o personagem principal, que herdou as técnicas de seu pai. O único personagem clássico presente é Terry, porém com seu visual totalmente repaginado. 

Há ainda os dois chefõs do game, que são também personagens secretos que podem ser habilitados com dicas, e são Grant, guarda costa de Kain, e claro, o próprio em pessoa.




Os gráficos estão entre os melhores já feitos em um game de luta, rivalizando até mesmo com Street Fighter III, com personagens bem detalhados e com movimentação muito bem fluída. Os cenários são um primor artistico, extremamente bem desenhados e cheios de detalhes nunca antes vistos: as pessoas se mexendo na entrada do cassino, a paisagem passando com a movimentação do trem, a garota pisoteando o cara no cais destruido pelo submarino...todos muito vivos, combinando com o estilo de seu respectivo lutador.

A trilha sonora é composta por músicas marcantes que nunca mais sairão da sua cabeça, com ritmos que vão desde o jazz a música clássica, até música eletrônica do fim dos anos 90. Os efeitos sonoros são de um esmero único, transmitindo muito bem o impactos dos golpes e a movimentação dos projéteis de energia, além dos sons de fundo do cenário, como o som da água caindo da cachoeira, o sino tocando na torre, entre outros. A dublagem é excelente, com nomes como Satoshi Hashimoto (dublador original do Terry), Eiji Yano (dublador de vários personagens de Samurai Showdown) e até mesmo Junko Takeuchi, a dubladora original do Naruto.



A jogabilidade, como não poderia deixar de ser, é excelente. Os comandos são o básico dos games da empresa: dois botões de soco e chute cada, com rápida resposta, e os golpes e movimentos especiais estão entre os mais simples de executar em toda a série, além do movimento de finta para escapar dos golpes, e com o tempo, pode-se dominar todos os personagens. Infelizmente, os sistema de planos que era marca registrdada da série foi extinto, dando lugar ao sistema T.O.P (Tactical Offensive Position), onde você coloca uma parte brilhante em qualquer lugar da barra de vida, fazendo com que seu personagens brilhe e ganhe mais força e recupere aos poucos sua energia, além de desferir golpes mais potentes para quebrar a defesa do adversário. Pra terminar, temos o Just Defend, um comando onde você pode bloquear qualquer ataque, e assim recuperar aos poucos sua saúde e energia. Bem semelhante ao sistema de parry de Street Fighter III.

E como coloquei Fatal Fury e Street Fighter várias vezes no mesmo texto, saiba que a ligação de ambas não se limita aos crossovers do passado: seus primeiros games foram desenvolvidos pelo mesmo programador, Takashi Nishiyama.


Mais do que um ótimo game, Garou: Mark of the Wolves é um tiulo essencial para os amantes de jogos de luta, perfeito em todos os seus aspectos. Disponível nas lojas digitais dos principais consoles e também na Steam.













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