Feliz 2020!!!
E vamos começar o ano com um filme que completará 30 anos, e acredite, vou falar de muita coisa que vai completar 30 anos nessa nova década.
Com vocês...TARTARUGAS NINJA - O FILME!!!
As Tartarugas Ninja foram um dos maiores fenômenos culturais de todos os tempos. Começando com um quadrinho independente escrito e desenhado por Kevin Eastman e Peter Laird em 1984, o quarteto de irmãos tartarugas mutantes peritos em Ninjitsu ganharam a fama em 1987, com o lançamento de seu primeiro e mundialmente famoso desenho animado, que foi exibido até 1996, com inacreditáveis 10 temporadas, um recorde para aquela época, onde um desenho da década de 1980 não passava de quatro temporadas. Com um elenco carismático e um universo bem construído, que misturava ninjas, mutantes, adolescentes, alienígenas e até dinossauros, a franquia gerou uma das maiores febres consumistas de todos os tempos, com tudo quanto é tipo de produto, principalmente sua linha de brinquedos, que foi a mais vendida de todos os tempos.
E para capitalizar em cima do fenômeno, a produtora chinesa Golden Harvest, junto com as independentes Limelight Entertainment, a 888 Productions e a Mirage Enterprises (dona das Tartarugas, antes de serem vendidas para a Nickelodeon) lançaram em 30 de Março 1990, o primeiro filme das Tartarugas Ninja.
Basicamente, o filme é uma história de origem, que conta com uma Nova York assolada pelo crime, chefiado pelo misterioso Clã do Pé, uma organização ninja com operações por todo o mundo, liderados pelo temível Destruidor (James Saito). Os vilões se tornam alvo das investigações da repórter April O´Neil (Judith Hoag), que logo é perseguida por eles e por pouco, não é silenciada graças a intervenção dos novos heróis da cidade: as Tartarugas Ninjas.
Os irmãos Leonardo (Brian Torch), Donatello (Corey Feldman), Michelangelo (Robbie Rist) e Raphael (Josh Pais) são tartarugas mutantes humanoides que formam banhadas por um mutagênico a 15 anos, e após serem adotados pelo rato Splinter (Kevin Clash), que também se contaminou com o mutagênico, foram educadas na arte dos ninjas para defender a cidade. Eventualmente, acabam conhecendo o vigilante Casey Jones (Elias Koteas), que se torna também aliado na grande batalha entre o bem e o mal.
Dirigido por Steve Barron e com um humilde orçamente de $13 milhões, o filme foi distribuído pela até então independente New Line Cinema, após ser recusado por diversos estúdios famosos, incluindo Disney e Warner Bros, com medo de que se tornasse um grande fracasso, como foi Mestres do Universo , o filme Live- Action do He-Man. Mas para a surpresa de todos, o filme arrecadou $135 milhões nos estados Unidos e mundialmente, $200 milhões, tornando-se o filme independente mais lucrativo da história.
O filmagem ocorreram em 1989, na Carolina do Norte, com algumas tomadas em Nova York para mostrar seus pontos turisticos, como o Times Square, o Rio Hudson e o Empire State. As fantasias das tartarugas e a marionete do Mestre Splinter foram criados pelo mestre Jim Henson (1954-1990) sendo este seu último trabalho.
O sucesso, como era de se esperar, gerou duas sequências, lançadas em 1991 e 1993, mas que apesar de contar com a distribuição da 20th Century Fox, não conseguiram alcançar o mesmo sucesso que o primeiro.
No Brasil, o lançamento desse filme foi uma verdadeira lenda urbana. Alguns dizem que foi lançado diretamente para vídeo, outros dizem que ele foi exibido nos cinemas por pouco tempo. Eu encontrei um VHS do filme em uma locadora de minha cidade, mas como não tinha mais um videocassete, só ficou como conhecimento. Depois que arranjei um computador, pude vê-lo dublado no Youtube.
Tartarugas Ninja é um dos meus filmes favoritos de todos os tempos, e considero o filme definitivo da franquia. A história faz uma fusão bem sucedida do tom sombrio dos quadrinhos com o humor do desenho. As tartarugas possuem suas respectivas bandanas coloridas e tem suas tão conhecidas personalidades bem definidas e retratadas com excelência no filme. O mesmo pode se dizer do resto do elenco, mas o maior destaque é o Destruidor, retratado como uma ameaça real, ao invés da figura cômica que ficou marcada no desenho. As cenas de lutas são muito movimentadas e bem coreografadas. O roteiro tem inicio, meio e fim, sem pontas soltas e com um final próprio, sem necessidade de deixar um gancho para uma sequência, algo que faz muita falta nos blockbusters de hoje, que tentam desesperadamente criar novas franquias, e que acabam morrendo na praia logo na parte 1.
O filme é datado, mas dizer que é mal-feito devido as limitações da época é uma enorme estupidez. Se fosse assim, os novos filmes das Tartarugas deveriam ter sido obras primas, ao invés de uma orgia de computação gráfica que existe só pra dar um close na bunda da Megan Fox.
Se você é fã de carteirinha das tartarugas Ninjas ou só esta começando a conhece-los, esse filme é pra você. Ação, aventura, humor e lutas na medida certa!
Feliz 2020 e COWABANGA!!!
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